
Depois de uma certa idade a gente percebe quantas coisas são mantidas em silêncio, anônimas.
Coisas fundamentais; por vezes, o mais importante de uma casa, de uma família.
É a louça, que sempre de novo é lavada. As roupas, que aparecem limpas no roupeiro. A comida, que é comprada e servida na mesa. A própria existência da casa.
Muitas mãos tecem, laboriosamente, o espaço vazio aonde os “grandes atos” aparecerão.
Mas quantas mãos mal são percebidas em sua entrega essencial?
O fundamental, parece, não aceita publicidade –